terça-feira, 21 de março de 2017

Extinção dos Seres Vivos: O Homem Contra A Natureza






   A vida na Terra é dinâmica e interdependente. Todos as espécies da Terra formam ema cadeia biológica complexa, surpreendente e interligada. Os humanos, como parte dessa cadeia, dependem de outros organismos vivos para obter alimento, remédios, oxigênio que respiramos e os elementos que compõem nosso corpo.

   Muitos estudiosos chegam a conclusão que essa cadeia está sob ataque. Alguns acreditam que 50% das espécies de plantas e animais podem desaparecer da Terra nos próximos 75 anos. Estudiosos calculam que, em média, uma espécie desapareça a cada 10 a 20 minutos.

  No passado, a extinção de espécies era desencadeada principalmente por causa naturais. As extinções modernas são causadas pela ação do homem.

 Como os atividades humanas vem causando o aceleramento da extinção das espécies?



 ➝ Destruição do habitat: é a principal causa da extinção. Esses habitats são destruídos com  finalidade diversas, incluí extração de madeira, mineração, desmatamento para pecuária, construção de represas e rodovias.
   A medida que diminuí o ecossistema as espécies vão ficando sem meios para sobreviver. Rotas migratórias são afetadas. Populações de organismos não conseguem sobreviver a mudanças. Assim, uma a uma as espécies vão desaparecendo.
  A extinção de certas espécies podem até iniciar uma reação em cadeia.


 
Espécies exóticas:  Quando o homem coloca uma espécie diferente em um ecossistema, ela talvez ocupe nichos ecológicos que eram ocupado por outras espécies. Ás vezes, a espécie exótica mude tanto o ecossistema que espécies nativas são conseguem sobreviver, ou pode trazer doenças que espécies naturais daquele ambiente não tenha defesa imunológica, e acaba desaparecendo.
 
 Um exemplo é o aparecimento da alga Caulerpa taxifolia, ou alga "assassina", é uma alga modificada geneticamente pelo homem, com a finalidade de embelezar aquários e ambientes de museus, ela tem um altíssimo poder de crescimento. Por acidente essa espécie foi introduzida na costa de Mônaco, no mar Mediterrâneo, tornou-se uma praga, e começou a se espalhar pelo oceano, é uma alga tóxica e sem predadores conhecidos. Seu crescimento é tão rápido que acaba dizimando outras espécies de algas, e acaba criando um imenso deserto verde no oceano.


Caulerpa taxifolia - Alga "assassina"


Um outro exemplo foi a introdução de coelhos na Austrália, que se espalhou de maneira alarmante, que acabou se tornando uma praga, uma vez que não era seu habitat natural, não havia predadores. Com o objetivo de diminuir a super população de coelhos foi lançado um vírus no ambiente, hoje a população de coelhos é menor, mas ainda há a ameaça do aumento desenfreado.

Superexploração: Já causou a extinção de várias espécies. 
Um exemplo é o pombo passageiro, que era a ave mais populoso da America do Norte no inicio do século 19. Durante sua migração, bando de bilhões de aves ou mais escureciam os céus por dias a fio. Mas no final daquele século, estava a beira de extinção. Em 1914, o último pombo passageiro morreu em um zoológico. 
   O bisão- americano, búfalo, quase foi extinto devido a caça excessiva.

Pombo-passageiro

 ➝ Crescimento da população humana: à medida que a população humana cresce, espécies se extinguem de a um ritmo alarmante.

 ➝ Ameaça do aquecimento global: Segundo o painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, é possível que a temperatura 3,5°C durante esse século. Esse aumento poderá ocorrer de maneira tão rápida que algumas espécies não sobreviverão. Um fator que contribui para morte de recifes de corais, que abriga grande parte da biodiversidade marinha, é o aquecimento da água.
  O aumento de um metro no nível mar, eliminaria com grande parte dos mangues costeiros no mundo, que abriga uma enorme variedade de espécies.




   Os cientistas não conhecem a maior parte do que está se perdendo, uma vez que, existe cerca de um milhão e meio de espécies catalogadas e estima-se que o número total de seres vivos existentes seja de 5 a 15 milhões, ou mais. É impossível  determinar o número exato, pois a maioria das espécies estará extinta antes de sequer ser catalogada e descrita.

   Será que precisamos nos preocupar tanto assim com a diminuição na biodiversidade? 

   Sim!!! A variedade de espécies fornece alimento, substâncias químicas úteis, e muitos outros produtos e serviços importantes para os seres humanos. Pense nos possíveis benefícios que novas espécies não descobertas podem trazer à humanidade. Calcula-se que cerca de 120 a 150 principais remédios vendidos nos Estados Unidos, tenham componentes naturais. Assim o extermínio da flora e da fauna, a humanidade perde a oportunidade de descobrir novas substâncias químicas.
   
   Também precisamos de serviços essenciais prestados pelos ecossistemas e dos quais dependem todos os organismos vivos. A produção de oxigênio, a purificação da água, a filtração de poluentes e a prevenção da erosão do solo são funções vitais realizadas por ecossistemas saudáveis.   
  
   O cientista Anthony C. Janetos, declarou que nós como sociedade, temos a obrigação moral de proteger e agir como guardiões do planeta e sua riqueza biológica para o bem estar presente e futuro da espécie humana. Para isso precisamos reconhecer o valor da biodiversidade, tanto aquilo que ela fornece ao mundo natural como as maneiras de usar esses recursos, e que nos comprometamos a preserva-las.

  Para se atingir essa meta, seria preciso uma mudança fundamental na sociedade humana. Valores, economias e sociedades diferentes da maioria que existe hoje.

  A maioria dos habitats em geral está ligada a ganância e o materialismo dos países desenvolvidos, assim como a ignorância, a indiferença, a pobreza estão gerando problemas que ameaçam mudar a Terra para pior.

   O paleontólogo Niles Eldredge, em um artigo para a revista Natural History, descreveu a extensão da superexploração dos oceanos: " A tecnologia moderna tornou a pesca marinha tão eficiente que vastas extensão do leito oceânico estão ficando despojadas _ mais ou menos um equivalente da destruição das florestas, só que no fundo do mar. Essa mesma tecnologia, contudo, causa desperdícios horríveis; tartarugas marinhas e focas, além de muitas espécies não-comercializáveis de peixes e invertebrados, morrem cada vez que a rede é puxada ou cada vez que se passa a traineira"
   O desperdício na pesca de camarão às vezes custa a vida de seis quilos de espécies marinhas, na maioria peixes jovens, são sacrificados para se obter 500 gramas de camarão.  

  Assim, nossos valores precisam ser mudados para o bem do planeta.











Fonte:
- Revista Despertai - 22 de novembro 2001 - Sociedade Torre de Vigia de Bíblia e Tratados.

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